Total de ativistas ambientais convidados na terça-feira para visitar um local de perfuração offshore planejado na Guiana Francesa e disse que o projeto não colocaria em risco os recifes de corais na região.
A empresa informou que está pronta para começar a exploração a cerca de 150 quilômetros da costa da Guiana Francesa, após a chegada ao local de um navio de perfuração. A embarcação foi liberada pelas autoridades francesas para se mudar para a área.
"Consciente das questões que esta campanha poderia levantar, a Total deseja destacar que é uma empresa responsável que realiza operações enquanto busca constantemente minimizar o risco ambiental e está determinada a agir com transparência", afirmou.
A empresa disse que a perfuração ocorreria a cerca de 30 km do recife mais próximo e em uma área sem corais. Ativistas dizem que os delicados recifes de corais descobertos na área podem ser danificados pelas operações de perfuração.
O convite da Total, o site da Guiana Francesa, acontece dias depois de o órgão ambiental Ibama ter rejeitado a aplicação do major da energia para perfurar cinco blocos que ficam na Bacia da Foz do Amazonas, perto da região da floresta amazônica.
O Ibama já rejeitou cinco vezes o pedido da Total. Ele disse que essa rejeição foi a final no processo de regulamentação.
O projeto da Guiana Francesa e o plano de perfuração da bacia amazônica atraíram duras críticas do Greenpeace e de outras organizações não-governamentais (ONGs).
"A empresa analisará os documentos recebidos do Ibama e decidirá sobre os próximos passos", disse Total sobre o projeto do Brasil.
Ricardo Salles, que foi nomeado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro como futuro ministro do Meio Ambiente, disse que o Brasil garantirá que qualquer ação seja baseada em fatos e não em ideologia, quando perguntado se o novo governo revisará a decisão da permissão.
(Reportagem de Bate Felix Editing por Edmund Blair)