Uma plataforma de perfuração [ Transocean Barents ] chegou ao Bloco 9 do Líbano na quarta-feira para iniciar a exploração de petróleo e gás, o ministro de Obras Públicas e Transportes, Ali Hamie, postou na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter.
O início da perfuração offshore do Líbano por um consórcio liderado pela francesa TotalEnergies segue um acordo histórico mediado pelos EUA no ano passado que delineou a controversa fronteira marítima entre o Líbano e Israel ao sul.
O consórcio inclui a gigante petrolífera italiana Eni e a estatal QatarEnergy.
O ministro da Energia do Líbano, Walid Fayad, disse em maio que esperava saber se haveria uma descoberta lá até o final do ano. O CEO da ENI, Claudio Descalzi, disse em janeiro que estava “positivo” sobre uma descoberta lá.
O Líbano espera que as descobertas de gás e petróleo o ajudem a reverter uma crise econômica incapacitante que custou à moeda local mais de 98% de seu valor, erodiu as reservas estrangeiras do país e causou apagões contínuos em vilas e cidades.
A perfuração tornou-se possível depois que os Estados Unidos mediaram um acordo que estabeleceu uma fronteira marítima entre águas libanesas e israelenses pela primeira vez.
Também foi estabelecido um mecanismo para o consórcio explorar possíveis descobertas que se estendem ao sul do Bloco 9 além dessa fronteira. Essa exploração seria feita em nome do Líbano, mas com um sistema de royalties estabelecido para Israel.
O Líbano não reconhece o direito de existência de Israel e ainda se considera em guerra com seu vizinho, com leis que proíbem o contato com autoridades israelenses.
(Reuters - Reportagem de Maya Geibely; edição de Christina Fincher e Emelia Sithole-Matarise)