Total lança novo supercomputador

De Bate Felix18 junho 2019
(Foto: Total)
(Foto: Total)

A energia total da Total disse que seu novo supercomputador - que o impulsionou para um ranking mundial como o computador mais poderoso do setor - permitirá que seus geólogos encontrem o petróleo mais rápido, mais barato e com uma taxa de sucesso melhor.

O computador Pangea III, construído pela IBM, ajudará a processar dados sísmicos complexos na busca por hidrocarbonetos 10 vezes mais rápido do que antes, disse a Total na terça-feira.

O poder de computação da empresa aumentou para 31,7 os chamados 'petaflops' de 6,7 petaflops em 2016 e de 2,3 petaflops em 2013, disse a Total, acrescentando que foi o equivalente a cerca de 170 mil laptops combinados.

Petaflops é uma medida do poder de computação.

O computador ocupa o primeiro lugar entre os supercomputadores do setor de petróleo e gás, e o número 11 globalmente, de acordo com a tabela TOP500, que classifica os supercomputadores duas vezes por ano.

O supercomputador HPC4 da Eni, da Europa, está classificado em 17º lugar na lista top 500 mundial.

As empresas de petróleo e gás, juntamente com outros grupos industriais, dependem cada vez mais de computadores poderosos para processar dados complexos mais rapidamente. Isso permite que eles reduzam os custos e, ao mesmo tempo, aumentem a produtividade e a taxa de sucesso dos projetos.

A Total não informou quanto investiu no novo supercomputador.

O vice-presidente sênior de exploração da empresa, Kevin McLachlan, disse à Reuters que 80% do tempo do Pangea III seria dedicado a imagens sísmicas.

"Podemos fazer as coisas muito mais rápido", disse ele. "Estamos desenvolvendo algoritmos de imagem avançados para nos dar imagens muito melhores da sub-superfície nesses domínios complexos e o Pangea III nos permitirá fazer isso 10 vezes mais rápido do que antes".

A Total disse que os novos algoritmos podem processar grandes quantidades de dados com mais precisão e em uma resolução maior.

Também ajudaria a localizar hidrocarbonetos mais confiáveis abaixo do solo, o que é útil em ambientes complexos onde se explora petróleo preso sob o sal, como o Brasil, o Golfo do México, Angola e o Mediterrâneo Oriental.

McLachlan esperava que o aumento da potência do computador afetasse a taxa de sucesso da Total na exploração, por causa da melhor geração de imagens, e nas avaliações, desenvolvimento e perfuração de poços de petróleo.

"O que costumava levar uma semana, agora nos leva um dia para processar", disse ele, acrescentando que dezenas de milhões de dólares de economia seriam feitos nos poços de petróleo como resultado direto da obtenção de melhores imagens.


(Reportagem de Bate Felix; Edição de Sudip Kar-Gupta e David Evans)

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