A Chevron, terceira maior empresa petrolífera do mundo, e o fundo de investimento Westlawn se uniram à Anadarko Petroleum em um consórcio para explorar blocos de petróleo e gás offshore no Peru, em uma ação que, segundo autoridades, pode aumentar a segurança energética e atrair mais investimentos globais.
As empresas assinaram emendas com a agência estatal de energia Perupetro para licenciar os blocos Z-61, Z-62 e Z-63 na Bacia de Trujillo, a cerca de 50 milhas náuticas das costas de Lambayeque e La Libertad, onde as águas variam de 100 a 2.400 metros de profundidade.
A Anadarko permanecerá como operadora com uma participação de 35%, enquanto a Chevron deterá 35% e a Westlawn, 30%. A parceria foi formalizada na segunda-feira em uma cerimônia no Palácio do Governo com a presença da Presidente Dina Boluarte, do Ministro de Minas e Energia, Jorge Montero, e do Presidente da Perupetro, Pedro Chira.
O consórcio está na segunda fase de exploração, que envolve o reprocessamento e a interpretação de dados sísmicos 3D coletados entre maio e julho de 2024 em 6.018 quilômetros quadrados, o maior levantamento desse tipo já realizado no Peru e ao longo da costa do Pacífico.
Os resultados são esperados para o primeiro trimestre de 2026, quando os parceiros decidirão se perfurarão um poço exploratório.
Uma descoberta bem-sucedida pode render entre 100.000 e 150.000 barris de petróleo por dia, com investimentos superiores a US$ 1 bilhão, de acordo com a Perupetro.
“A chegada de empresas de classe mundial ao Peru atrairá outros grandes concorrentes na indústria global de energia, interessados no potencial de hidrocarbonetos das bacias petrolíferas do país.
A Bacia de Trujillo possui um potencial significativo ainda não descoberto. Caso as atividades de exploração sejam bem-sucedidas, o Peru poderá estar à beira de uma grande descoberta que ajudará a reduzir seu déficit comercial de hidrocarbonetos.
“A execução de novos investimentos em exploração pode levar à descoberta de reservas, ao aumento da produção e à redução da dependência de importações, fortalecendo assim a segurança energética”, disse a Perupetro.